terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Resposta a Barros Alves: caminho iluminado de Tasso é o PDT

       Tasso tem ligações genéticas com o trabalhismo


                          
     Barros: da ultradireita ao neossocialismo?


     Li, com agradável surpresa, o artigo “Para onde vai Tasso Jereissati?”, de autoria do meu amigo Barros Alves, e publicado na edição de hoje (terça-feira, 26/1/16, do jornal O Povo). Alegra-me sobremaneira a profissão de fé do autor na legítima social democracia e, na sua vertente mais avançada, o socialismo democrático. A euforia é maior quando vejo que o autor assina o artigo como secretário-geral do Partido Socialista Brasileiro (PSB).


     Confesso que imaginava Barros Alves, a essas alturas do radicalismo da vida política nacional, a envergar camisa preta e a entoar loas a Benito Mussolini e aos patológicos ultradireitistas brasileiros Olavo de Carvalho, Jair Bolsonaro ou aos extremistas neoliberais Reinaldo Azevedo e Rodrigo Constantino.
     Auguri, auguri tanti, como dizem os italianos, ou seja, que essa mudança seja prenúncio, prefiguração, augúrio, de outras melhores que estão por acontecer.
     Sempre tive bom relacionamento com Barros Alves, quando cobria política na Assembleia Legislativa para o jornal O Povo e, depois, quando passei a frequentar uma livraria que ele mantinha na Avenida Dom Manuel, destinada a empréstimos de livros a leitores. Ideia das melhores.
     Leitor voraz, eu admirava – e ainda admiro – Barros Alves pelo amor e dedicação que ele dispensa aos livros e aos autores clássicos. Escritores e poetas de uma maneira geral. Estávamos sempre a debater e comentar a respeito de autores nacionais e estrangeiros. Infelizmente, o negócio de livros que ele mantinha não foi para frente, a exemplo do que acontece com a maioria dos empreendimentos culturais neste País. Uma pena. Mas a amizade e as conversas continuaram.
     Na eleição presidencial de 2010, no entanto, a primeira que Dilma Rousseff disputou – e ganhou – eu reencontro, nas redes sociais, mais precisamente no Facebook, um Barros Alves na extrema-direita, rancoroso e agressivo. A desancar a candidata do PT e partidos aliados à Presidência da República, e o que ele chamava de “petralhas” e “comunas”.  Trocamos algumas palavras ásperas e resolvi bloqueá-lo no Facebook a fim de que a situação não evoluísse para rompimento pessoal, o que, felizmente, não aconteceu. Minha admiração e estima por Barros Alves continuou. Acredito que haja reciprocidade. Já nos encontramos posteriormente e sempre nos saudamos amigavelmente.
     Mas, voltemos ao artigo de Barros Alves que me despertou curiosa atenção. Diz o articulista: “Neste momento em que se abate sobre o Brasil uma crise ética e econômica sem precedentes na nossa história, Jereissati (Tasso) tem sido referência de firmeza e de prudência no Congresso Nacional. No Ceará todos sonham com o seu apoio nos embates político-eleitorais que se avizinham. O líder social democrata, antes demonizado pela esquerda, hoje é cortejado por muitos espectros político-ideológicos do nosso Estado, aí incluindo a mesma esquerda lulo-petista que o apedrejava”.
     Partilho, até certo ponto,  das considerações feitas pelo autor. Mas, data vênia o neossocialista Barros Alves: devo lembrá-lo que, em 1986, Tasso Jereissati, foi eleito governador do Ceará com o apoio da maioria da esquerda cearense. Incluo nesse leque o Partido Comunista do Brasil (PCdoB), o Partido Comunista Brasileiro (PCB) e o Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8), este último abrigado como tendência do PMDB (Partido Democrático Brasileiro), sigla pela qual Tasso Jereissati disputou – e foi vitorioso – o Governo do Estado. O Partido dos Trabalhadores (PT), na esquerda, foi o único que não o apoiou e lançou padre Haroldo como candidato à sucessão estadual.
     Barros Alves prossegue e sugere mais avanços político-ideológicos a Tasso Jereissati: “Todavia, há que se firmar na ideia de que, pelo menos no Ceará atual, não há caminho mais iluminado para Tasso Jereissati e o PSDB do que o socialismo democrático com raízes no pensamento que, ao longo da história, se irmana, de forma siamesa, com a social democracia”.
     Peço licença para contrariar o articulista mais uma vez. Pela herança genética de Tasso Jereissati o “caminho mais iluminado” seria apoiar, nessa disputa municipal, o Partido Democrático Trabalhista (PDT), herdeiro legítimo do trabalhismo de Getúlio Vargas, João Goulart e, principalmente, Leonel Brizola. O pai de Tasso Jereissati, senador Carlos Jereissati, foi amigo e correligionário dessas três personalidades históricas.
     Vargas, Goulart e Brizola sofreram na carne as mesmas terríveis pressões que Dilma Rousseff padece agora por parte da grande mídia e das mesmas forças reacionárias. O primeiro respondeu aos inimigos com o heroico gesto do suicídio, o segundo foi deposto e o terceiro amargou longo exílio, retornando ao Brasil para retomar a herança trabalhista, acrescentando o tempero “socialista moreno”, expressão cunhada por Brizola. Se Barros Alves cita proeminentes figuras intelectuais do PSB, o PDT o supera com nomes da estirpe de Alberto  Pasqualini, Darci Ribeiro e Abdias Nascimento, entre tantos outros.

     Além de tudo isso, Tasso Jereissati mantém relações de amizade com o pré-candidato do PDT à Presidência da República Ciro Gomes e seria natural seu apoio ao postulante pedetista ao  Paço Municipal em Fortaleza.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Morte de Benedict Anderson coincide com os 50 anos do genocídio ideológico na Indonésia

     
Benedict Anderson e a professora Monica Dias Martins


Os 50 anos do genocídio ideológico na Indonésia – ocorrido no final de 1965 e início de 1966 no qual morreram entre 600 mil a um milhão de pessoas – coincidem com a morte do cientista político Benedict Anderson, 79 anos, em 13 de dezembro último (2015).  Um verdadeiro cidadão do mundo, ele nasceu na China, filho de um casal de irlandeses, e tinha cidadania norte-americana. Além de tudo isso, era muito ligado à Indonésia.
     Benedict Anderson esteve no último mês de agosto (2015) em Fortaleza, a convite da Universidade Estadual do Ceará (Uece) e Observatório das Nacionalidades. Na capital cearense participou de uma roda de conversas e lançou seu último livro: Sob Três Bandeiras. Em 2005, ele já havia estado em  Fortaleza. Na ocasião, foi entrevistado para o jornal O Povo pelo editor deste blog.
Autor do livro Comunidades Imaginárias, Benedict Anderson era, no Ocidente, um dos maiores conhecedores desse país misterioso e imprevisível: a Indonésia. Estava ali quando aconteceram os massacres e de lá foi expulso, em 1972, por ter denunciado os graves crimes contra a humanidade cometidos naquela nação asiática entre o  final de 1965 e o começo de 1966. Outra coincidência: a morte do professor Benedict Anderson ocorreu em Malang, nessa mesma Indonésia, uma de suas quatro pátrias.  Ele estava ligado por vínculos de nascimento à China, familiares (Irlanda e Inglaterra) e cidadania (Estados Unidos).
“OBSERVADOR DE ESTRELAS”
     Um dia após a morte de Benedict Andersom, o Observatório das Nacionalidades divulgou a seguinte nota de pesar:
      “No domingo, dia 13 de dezembro de 2015, o mundo perdeu um de seus mais inquietos observadores de estrelas, como ficou conhecido o autor Benedict Anderson para aqueles que o conheceram e tiveram a oportunidade de compartir seus conhecimentos no grupo de pesquisa Observatório das Nacionalidades e em suas aulas e palestras em redor do mundo. Assim, um "inquieto observador de estrelas" foi a forma como o descreveu a professora Monica Martins, coordenadora do Observatório das Nacionalidades, que teve o prazer e a honra de debater ideias com Anderson e de quem tornou-se amiga.
     Cientista político, professor emérito na Universidade Cornell, autor do clássico "Comunidades Imaginadas", Anderson, cidadão do mundo, deixou nossas companhias desde sua adorada Indonésia, que aguçou sua curiosidade, norteou seus estudos e legou ao mundo um estudioso que exerceu, e há ainda de exercer, profunda influência sobre aqueles que se dedicam aos estudos da nação e da formação da entidade nacional.
Em agosto deste ano, em parceria com a Universidade Estadual do Ceará, o Observatório das Nacionalidades proporcionou o que agora sabemos ter sido sua derradeira visita a uma cidade pela qual, por diversas vezes, declarou seu querer bem, Fortaleza. Na ocasião, além de participar de uma roda de conversas, Benedict Anderson lançou seu último livro, "Sob Três Bandeiras".
É com pesar que colegas professores, alunos e amigos queridos se despedem de "Ben", como era conhecido nos círculos mais chegados. Com sua partida, perdemos todos. Sua vida, contudo, é algo a celebrar. O conhecimento proporcionado; o clássico produzido; as questões levantadas ainda sem resposta; o carinho e cuidado no trato de todos, graduandos ou doutores. O inquieto observador de estrelas há agora de observar as inquietudes que deixou por aquietar”.

MONICA DIAS MARTINS: UM INTELECTUAL AVESSO  ÀS VAIDADES
A professora da Uece  Mônica Dias Martins prestou  o seguinte depoimento sobre a personalidade de  Anderson ao Blog  Coluna da Hora:
“Benedict Anderson esteve em Fortaleza em 2005, e meu texto "Um Inquieto Observador das Estrelas", que serve de prefácio à edição brasileira de Sob Três Bandeiras: anarquismo e imaginação anticolonial (EdUECE-Unicamp, 2015)", contém um esboço de perfil desse grande pensador. Em dez anos, a primeira impressão se manteve viva!
Ben, como gostava de ser chamado, era um intelectual de renome cujo jeito simples e gentil cativava aqueles que tiveram o privilégio de o conhecer. Perspicaz e curioso sempre estava indagando sobre o que via e ouvia. Adorava conversar com jovens e respondia a todas as suas perguntas com grande atenção. Não gostava de grandes eventos, de conferências  cercadas de pompa. Segundo comentava, isso o distanciava do contato pessoal, ao qual atribuía importância. Foi assim na última vez que esteve na Universidade Estadual do Ceará, em Fortaleza, Dia 19 de agosto, no lançamento de seu livro estava tímido, mas na roda de conversa com colegas e estudantes era outra pessoa, falante e alegre. Era nesses momentos, em “petit comitê”, que mostrava seu lado de intelectual inquieto e observador, que não se contentava com  qualquer explicação para os fenomenos que o interessavam, como a literatura, o grafitte, as migrações, o Sudeste Asiático, etc. Sempre que vinha ao Ceará fazia questão de visitar comunidades indígenas e quilombolas, os pescadores, no Iguape, povoado em que passava uns dias descansando do trabalho e olhando as estrelas.

Cientista político Benedict Anderson em roda de conversa
em sua última visita a Fortaleza

O depoimento do próprio Ben, por ocasião de sua primeira visita a Fortaleza,  publicado na revista Tensões Mundiais (www.tensoesmundiais.net) v.1, n.1 Jul-dez 2005, revela como ele avaliava "Comunidades Imaginadas", sua obra mais conhecida e um marco no estudo das nacionalidades, tema que parecia fadado a segundo plano no ano de seu aparecimento, 1983:
Vejo o novo livro como uma correção de “Immagined Communities”. Imagine que você está na praia à noite e, olhando para o céu, vê aquele monte de estrelas ali paradas. Você pensa que amanhã elas vão estar do mesmo jeito que ontem e daqui a dez anos continuarão como hoje. Muitas vezes se pensava as nações assim, como identidades fixas, só que isso é uma ilusão tanto para as nações como para as estrelas, que estão em relação umas com as outras, têm campos gravitacionais que você não vê, mas que agora se sabe que existem. O estudo comparativo dos nacionalismos, tal como era feito, de certo modo, se assemelha à astronomia antiga, em que você não consegue perceber o movimento dos astros.
Entendo a globalização como essa espécie de campo gravitacional e tento ver as nações em movimento, atravessando suas próprias fronteiras nacionais e com campos de força, por exemplo, as forças políticas e econômicas. O islamismo atravessa várias nações, é globalizado e não centralizado em uma só fronteira. Existem também os movimentos antiglobalização, feministas, de defesa das minorias sexuais, camponeses, indígenas. Olhando para eles você pode ver a energia, o movimento que em um mero estudo comparativo entre países não conseguiria perceber. Under three flags não é uma simples correção, mas, talvez, uma certa mudança no paradigma de como se estuda o nacionalismo.
Finaliza a professora Monica Dias Martins:
“Guardarei para sempre os ensinamentos deste intelectual avesso às vaidades tão comuns na academia. Ben deixou de lado interpretações clássicas e não fez concessões aos modismos. Distanciou-se da visão eurocêntrica dominante nos que estudam com fervores respeitosos a nação e nos deixou uma obra inovadora que ganhou reconhecimento mundial. Uma pessoa inesquecível para os que tiveram o privilégio de com ele conviver!”.

ÓDIO ACUMULADO CAUSA A MORTE DE UM MILHÃO DE PESSOAS NA INDONÉSIA

Corpos de vítimas dos massacres da Indonésia

Entre 600 mil a um milhão de mortos.  Há 50 anos, ou mais precisamente entre outubro  de 1965 e março de 1966, na  Indonésia, ocorria um dos maiores massacres da história da humanidade: a eliminação de comunistas, colaboradores, simpatizantes, suspeitos (muitos deles inocentes) de ligação com  o Partido Comunista da Indonésia (PKI), posto na ilegalidade após tentativa de golpe militar supostamente esquerdista em 30  de setembro de 1965. Nos massacres foram mortos também socialistas, outros esquerdistas não-comunistas e integrantes da comunidade étnica chinesa (minoritária no país).
     Alguns generais e outros oficiais foram mortos durante  a tentativa de golpe. Foi o pretexto para o exército indonésio dar início ao  contra-golpe e ao  extermínio de comunistas e esquerdistas, além de outros grupos políticos.
     O banho de sangue é pouco conhecido no Ocidente, embora existam filmes sobre a matança (O Ano em que Vivemos e Perigo e o estranho documentário Act of Killing). Historiadores  e cientistas políticos, no entanto, se debruçaram sobre o assunto e muitos livros e estudos foram  escritos.  O editor deste blog teve a honra de entrevistar um  deles: o  irlandês-americano (nascido na China!) Benedict Anderson,  que visitou Fortaleza  em 2005 e concedeu entrevista ao  jornal  O Povo. Eu fui o entrevistador. Anderson voltaria a Fortaleza em agosto de 2015. Em  13 de dezembro  do ano passado (2015) Anderson  veio a falecer  na Indonésia, país ao qual  ele era muito ligado.
A Indonésia povoa minha imaginação desde os tempos de adolescente, leitor voraz e ouvinte das emissoras de rádio em ondas curtas (Rádio Central  de Moscou,  Rádio Pequim,  Rádio Tirana, Rádio Havana, BBC de Londres, RTF (Radiodifusion et Télévision Française,  hoje Radio  France Internationale  e Voz da América).      Foi através dessas rádios que eu, com 15,  16 anos de idade,  tomei conhecimento desses tenebrosos massacres, no plural, porque eles não ocorreram de uma só vez, mas em levas sucessivas de outubro de 1965 até março do ano seguinte. As notícias sobre o genocídio – a verdadeira dimensão do massacre ou dos massacres -  só vieram a ser divulgadas posteriormente, mesmo assim nas emissoras de rádio dos países comunistas. Na imprensa ocidental, quase silêncio  total.

O QUE ACONTECEU


General Suharto, o Pinochet asiático 
(à direita em primeiro plano)

Os Massacres de 1965-1966 foram assassinatos em grande escala que ocorreram na Indonésia ao longo de muitos meses, tendo como alvo os comunistas, esquerdistas e pessoas pertencentes à comunidade da minoria étnica chinesa, muitas vezes por iniciativa das forças armadas.
Houve expurgo anticomunista logo após um golpe fracassado de Movimento 30 de Setembro na Indonésia (supostamente esquerdista). As estimativas mais aceitas são que mais de 500.000 e um milhão de pessoas foram mortas. O expurgo foi um evento crucial na transição para o "Nova Ordem", bem como a eliminação do Partido Comunista Indonésio (PKI) como força política . A reação do exército indonésio à rebelião fracassada levou à queda do presidente Sukarno e o início de três décadas da presidência de Suharto, uma espécie de Pinochet asiático.
     O fracassado golpe supostamente esquerdista despertou ódios comuns acumulados ao longo de décadas, atiçados pelo exército indonésio, que rapidamente culpou o PKI pelo assassinato de militares na rebelião. Os comunistas foram expurgados da vida política, social e militar, e o próprio PKI foi proibido. Os massacres começaram em outubro de 1965, nas semanas seguintes a tentativa de golpe, e atingiram seu pico durante o restante do ano até diminuírem nos primeiros meses de 1966. Eles começaram na capital, Jacarta, e se espalharam para Java (Central e Leste), mais tarde, para Bali. Milhares de grupos paramilitares  locais e unidades do exército mataram militantes reais ou supostos simpatizantes do PKI. Embora mortes ocorreram em toda a Indonésia, as maiores carnificinas aconteceram nos grandes redutos do PKI de Java Central, Java Oriental, Bali e Sumatra do norte. É possível que mais de um milhão de pessoas foram presas.
     O presidente deposto Sukarno teve a sua doutrina"Nasakom" (nacionalismo, religião e comunismo) rompida. Seu pilar mais importante de apoio, o Partido Comunista da Indonésia (PKI), foi efetivamente eliminado pelos outros dois pilares: o exército e islamismo político; e o exército buscava e conseguiu o poder total. Em março de 1967, Sukarno foi destituído pelo Parlamento provisório da Indonésia do pouco poder que ainda lhe restava. Suharto foi nomeado Presidente interino. Em março de 1968, Suharto foi formalmente eleito presidente.
     Os assassinatos são omitidos na maioria dos livros didáticos de história da Indonésia e têm recebido pouca reflexão por parte do povo indonésio. Isso se deve ao regime de Suharto que governou por mais de três décadas. Explicações satisfatórias para a escala e o frenesi da violência têm desafiado os estudiosos de todos os matizes ideológicos. A possibilidade de um retorno a levantes semelhantes é citada como fator de conservadorismo político do governo da "Nova Ordem" e um controle apertado do sistema político. Vigilância contra uma ameaça comunista continuou a ser uma marca de três décadas da presidência de Suharto.
A CIA (central norte-americana de inteligência) nega participação ativa nas mortes. Sabe-se, no entanto, que o governo americano forneceu extensas listas de comunistas a esquadrões da morte da Indonésia.
     Um relatório ultrassecreto da CIA, no entanto, reconhece que “os massacres de 1965/1966 foram um dos piores assassinatos em massa do século XX e compara-se aos expurgos soviéticos da década de 1930, os assassinatos em massa praticados pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, e ao banho de sangue maoísta do início dos anos 1950 ". Fonte: Wikipédia (versão em inglês).